Fórum BRICS propõe ações conjuntas para combater pobreza e doenças

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
II Fórum Valores Tradicionais.
2º Fórum BRICS, realizado na Câmara dos Deputados, reúne parlamentares e especialistas

No segundo dia do 2º Fórum BRICS de Valores Tradicionais, os participantes discutiram a integração de ações entre os países do bloco para promover avanços em temas como dignidade no trabalho, medicina preventiva e empreendedorismo. O encontro, realizado na Câmara dos Deputados, reúne parlamentares e especialistas para tratar da cooperação em áreas como cultura, saúde e educação, com base em valores tradicionais compartilhados.

O BRICS é um fórum de articulação política e diplomática de países do chamado Sul Global. Atualmente, 11 países integram o bloco: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.

O deputado Ronaldo Nogueira (Republicanos-RS) destacou a necessidade de adoção de políticas públicas para garantir dignidade no trabalho. Segundo ele, apesar da riqueza existente no mundo, ainda há 183 milhões de desempregados e mais de dois bilhões de pessoas em situação de trabalho informal.

“Esses 2 bilhões de pessoas que vivem na informalidade sobrevivem de bicos e representam 60% da força de trabalho mundial. Temos 573 milhões de pessoas que enfrentaram a fome em 2024, e acredito que em 2025 esses números não serão alterados. Hoje, a realidade mundial é muita pobreza em meio a tanta riqueza. As portas de trabalho precisam ser criadas como consequência das políticas públicas de governo”, disse.

Saúde preventiva
Representantes da Rússia sugeriram a criação de grupos de trabalho voltados para a promoção da saúde preventiva nos países do BRICS. A especialista em medicina regenerativa Tatiana Kartavenko apresentou um método desenvolvido por cientistas russos para reduzir o colesterol e melhorar o bem-estar geral.

Segundo ela, em um estudo de dez anos, os participantes relataram melhora de 43% no bem-estar e redução de 48% na ansiedade após 21 dias de exercícios simples de 12 minutos diários. Kartavenko disse que a Rússia está disposta a compartilhar a experiência com os demais países do bloco.

Os debatedores também defenderam a ampliação da telemedicina como forma de democratizar o acesso a serviços de saúde.

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