Debatedores avaliam efeito do calor excessivo no rendimento escolar

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Embora não existam estudos específicos para o Brasil, estima-se que é alta a influência do calor excessivo no mau rendimento dos alunos e na evasão escolar. Especialmente no caso das escolas públicas, há um grande número de construções inadequadas para a emperatura do país e que não contam com climatização.

Em audiência pública da Comissão de Educação, Danilo Moura, especialista em clima e meio ambiente do Unicef, disse que o ar-condicionado é uma realidade distante numa rede pública que sofre de carências de serviços básicos.

“Na maior parte das escolas públicas brasileiras não tem ar-condicionado. A gente até hoje não conseguiu sequer garantir o direito, para todas as escolas, de acesso à água”, comparou.

Aumento do gasto de energia
Carlos Alexandre Príncipe, representante da Secretaria de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, disse que o crescimento do uso de ar-condicionado em um país quente é um círculo vicioso. “Podemos estimar que, em 2050, nós teremos mais de 150 milhões de condicionadores de ar. Isso naturalmente faz com que o consumo energético suba e acabe afetando diretamente a mudança do clima”, afirmou.

Construção verde
A deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), presidente da subcomissão que discute a climatização das escolas, sugere a adoção de técnicas de construção verde e em arquiteturas mais adequadas ao calor brasileiro.

“Nos processos de licitação, por exemplo, para construção e reforma de escolas, nunca se pensa nos aspectos sustentáveis. Geralmente, é aquele modelo mais barato possível, mas isso tem um impacto gigantesco no clima e, portanto, no processo de ensino aprendizagem.”

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