Comissão aprova proposta que incentiva presença de mulheres na construção civil

Marina Ramos/Câmara dos Deputados
Reunião com o ministro da Educação, Camilo Santana. Dep. Laura Carneiro (PSD-RJ).
Laura Carneiro foi a relatora da proposta

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que amplia a presença de mulheres na construção civil.

O projeto prevê duas medidas principais:

  • oferecer cursos de qualificação profissional;
  • reservar de 5% a 10% das vagas operacionais e gerenciais para mulheres em empresas do setor que participam de licitações públicas.

O texto seguirá para análise do Senado, a menos que haja recurso para ser votado no Plenário.

A CCJ aprovou o substitutivo da relatora, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), para o Projeto de Lei 2315/23, apresentado pela deputada Rogéria Santos (Republicanos-BA). O novo texto inclui as medidas diretamente na Lei de Licitações e Contratos Administrativos, que regula compras e serviços contratados pelo poder público.

Segundo a relatora, pequenas empresas muitas vezes não têm departamentos jurídicos capazes de analisar toda a complexidade das leis de licitações. Por isso, reunir as regras em uma única lei facilita a participação desses empreendedores nos processos públicos.

“Pequenas empresas não dispõem de departamentos jurídicos para analisar em complexidade a legislação pertinente às licitações”, disse a relatora.

O texto aprovado também inclui uma emenda da Comissão de Trabalho para que a reserva de vagas para mulheres sirva como critério de desempate em licitações, contratos e renovações. A cota deve estar prevista no edital, a menos que essa exigência não seja compatível com o tipo de contrato.

O projeto ainda permite que o governo federal faça parcerias com estados e municípios para criar programas de inserção profissional de mulheres na construção civil.

Esses programas poderão incluir:

  • cursos de qualificação profissional;
  • ações para incentivar a contratação de mulheres em situação de vulnerabilidade;
  • campanhas informativas sobre igualdade de direitos no ambiente de trabalho.

 

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