Volkswagen prevê paralisações por escassez de chips e alerta funcionários na Alemanha


Linha de produção da Volkswagen em Wolfsburg
divulgação/Volkswagen
A Volkswagen informou seus funcionários nesta quarta-feira (22) que não pode descartar interrupções na produção por causa de dificuldades na cadeia de suprimentos. Um indicativo de como a disputa envolvendo a fabricante holandesa de chips Nexperia pode afetar o setor automotivo europeu.
Entidades do setor automotivo alertaram para o possível impacto na produção após o governo holandês assumir o controle da Nexperia — empresa de capital chinês — no mês passado, alegando preocupações com a propriedade intelectual. Ao mesmo tempo, a China passou a restringir a exportação de produtos acabados essenciais para as montadoras europeias.
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A Volkswagen enviou uma comunicação interna à equipe informando que, até o momento, a produção não foi impactada pela falta de chips, segundo um porta-voz da empresa à agência Reuters.
“Em vista da situação dinâmica, no entanto, não podemos descartar um impacto sobre a produção no curto prazo”, acrescentou o porta-voz.
Nesta quarta-feira, o jornal alemão Bild divulgou um memorando interno da Volkswagen.
Segundo a reportagem do Bild, que cita fontes próximas aos planos da empresa, as paralisações na produção estão previstas para começar na próxima quarta-feira, inicialmente afetando os modelos Golf e, em seguida, outros veículos.
O porta-voz da Volkswagen não quis comentar a “especulação” sobre a paralisação prevista para quarta-feira, afirmando apenas que a empresa acompanha a situação com atenção.
A Volkswagen informou que vai suspender temporariamente a produção dos modelos Golf e Tiguan em sua fábrica principal, em Wolfsburg, nesta sexta-feira (24), para resolver um problema de estoque não relacionado à escassez de chips.
A montadora esclareceu que essas medidas não têm relação com os problemas no fornecimento de chips.
O Bild também mencionou fontes não identificadas, segundo as quais a Volkswagen iniciou conversas com autoridades trabalhistas sobre a possibilidade de adotar um programa de redução de jornada com apoio estatal, o que poderia impactar dezenas de milhares de empregados.
Procurada, a Volkswagen se recusou a comentar o assunto.

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