Ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, no STF.
Antonio Augusto/STF
Único réu presente no início do julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, chega à sessão com as maiores chances de redução de pena ou, até mesmo, de uma absolvição.
Nos últimos dias, o blog ouviu de interlocutores de dois ministros da Primeira Turma do STF que a participação de Paulo Sérgio nos crimes examinados exige um olhar “detalhado” e “aprofundado”.
A defesa do general, por sua vez, também teve sinalizações nas últimas semanas de que a situação de Paulo Sérgio era diferente dos demais réus do chamado núcleo crucial.
Pesa contra o general, segundo investigações da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República, sua atuação contra o Tribunal Superior Eleitoral e urnas eletrônicas. E a participação na discussão da minuta golpista após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.
O general teria ainda apresentando a minuta em uma reunião com os comandantes das Forças Armadas, uma semana após ela ser mostrada aos comandantes por Bolsonaro.
Por outro lado, nas alegações finais, a PGR diz que Paulo Sérgio alertou a Bolsonaro sobre a gravidade das minutas apresentadas aos chefes das Forças Armadas.
Além disso, a defesa do general alega que a reunião com os chefes das Forças ocorreu com o objetivo de “fechar um consenso contrário a qualquer medida de exceção”.
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