Agência de classificação de risco argumentou que os grandes déficits fiscais devem gerar uma alta persistente da dívida do governo. Escritório S&P Global em Nova York.
Brendan McDermid/Reuters
A agência de classificação de risco S&P Global reafirmou nesta quinta-feira (5) a nota BB para o crédito soberano do Brasil, mantendo a perspectiva estável.
A agência argumentou que os grandes déficits fiscais (despesas maiores do que receitas) devem gerar uma alta persistente da dívida do governo. Por outro lado, a S&P indicou que os gastos do Brasil com importações e o exterior no geral tendem a diminuir, em meio à desaceleração da economia e com os juros elevados do país.
“Nossa perspectiva estável equilibra a fraqueza do perfil fiscal do Brasil com os pontos fortes de sua política externa e monetária”, afirmou a S&P Global.
A agência disse acreditar que, ao longo do tempo, ainda que não antes das eleições presidenciais de 2026, o arcabouço institucional do país deve levar a iniciativas de enfrentamento das fraquezas fiscais.
Na semana passada, a agência Moody´s rebaixou a perspectiva para a classificação do país de positiva para estável, citando uma redução na probabilidade de melhora no perfil de crédito do país.
S&P Global reafirma nota BB para crédito soberano do Brasil, com perspectiva estável
