Navios com 11 milhões de barris de petróleo ’empacam’ na Venezuela após apreensão dos EUA, segundo agência


EUA apreendem navio petroleiro na costa da Venezuela
As exportações de petróleo da Venezuela caíram drasticamente desde que os Estados Unidos apreenderam um petroleiro, na última quarta-feira (10), segundo um levantamento da agência de notícias Reuters.
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A ação dos militares americanos impuseram novas sanções a empresas de navegação e embarcações que fazem negócios com o produtor de petróleo latino-americano, de acordo com dados de navegação, documentos e fontes marítimas.
Apenas petroleiros fretados pela gigante petrolífera americana Chevron navegaram em águas internacionais transportando petróleo bruto venezuelano desde a apreensão da quarta, segundo os dados coletados.
A Chevron possui autorização do governo americano para operar por meio de joint ventures no país e exportar seu petróleo para os Estados Unidos.
Momento em que militares dos EUA abordam navio petroleiro da Venezuela, em 10 de dezembro de 2025.
Procuradoria-geral dos EUA via AP
Embarcações que transportam, somadas, cerca de 11 milhões de barris de petróleo e combustível estão retidas em águas venezuelanas, de acordo com as fontes e os dados.
Parte da carga está a bordo de petroleiros sancionados por Washington sob medidas contra o Irã ou a Rússia, países que os EUA monitoram como possíveis alvos de novas ações punitivas, segundo as fontes.
Apreensão de navio
Em um episódio inédito nas operações militares que o governo de Donald Trump faz perto da costa da Venezuela, as Forças Armadas dos EUA interceptaram na quarta-feira (10) um navio petroleiro venezuelano no mar do Caribe. Imagens mostram soldados americanos entrando e apreendendo a embarcação.
Foi a primeira vez que o governo Trump fez o uso da força para assumir um navio petroleiro venezuelano — até agora, as investidas da campanha militar dos EUA no Caribe haviam se limitado a ataques a pequenos barcos que Washington alega serem de traficantes de drogas a caminho do território norte-americano.
Desta vez, a apreensão, incomum para as ações de Trump, mirou o principal ativo da economia venezuelana — o petróleo — e, por isso, levantou questionamentos se o episódio pode ser considerado um ato de guerra. A Casa Branca disse que pretende levar o navio para os EUA e apreender o petróleo.
O governo de Nicolas Maduro afirmou que “defenderá sua soberania, seus recursos naturais e sua dignidade nacional com absoluta determinação” e que denunciará a apreensão do petroleiro perante os organismos internacionais.
O episódio ocorre em meio a um enorme reforço militar dos EUA na região do Caribe, incluindo um porta-aviões, caças e dezenas de milhares de soldados. Washington afirma que a manobra faz parte de um combate ao tráfico de drogas, mas o governo da Venezuela afirma que o objetivo final seria a derrubada de Maduro e do regime chavista.

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