Dólar abre no aguardo de dados do PIB dos EUA


Megaoperação mira esquema bilionário do PCC
O dólar iniciou a sessão desta quinta-feira (28) no aguardo de dados dos EUA e do Brasil. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre às 10h.
Os investidores acompanham a divulgação de dados tanto dos Estados Unidos quanto do Brasil. Por lá, as atenções se darão, principalmente, com a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) trimestral. Aqui, os dados são referentes a preços e consumo.
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▶️ Nos EUA, o Departamento do Comércio divulga a segunda leitura do PIB do segundo trimestre de 2025. Na amostra anterior, houve baixa de 0,5% na comparação com os três meses anteriores. Agora, a expectativa é de alta de 3,1%.
Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar

a
Acumulado da semana: -0,17%;
Acumulado do mês: -3,29%;
Acumulado do ano: -12,35%.
📈Ibovespa

Acumulado da semana: +0,90%;
Acumulado do mês: +4,61%;
Acumulado do ano: +15,73%.
O impasse no Fed
Na segunda-feira (25), Trump anunciou a demissão de Lisa Cook por meio de uma publicação em suas redes sociais. A decisão é vista como mais uma escalada nos ataques do republicano à independência do banco central americano.
Cook é a primeira mulher negra a integrar a diretoria do Fed. Na última sexta (22), Trump já havia afirmado que iria demiti-la, caso ela não renunciasse. Na ocasião, ela declarou que “não tinha intenção de ceder a pressões”.
O Fed destacou em nota que continuará atuando conforme a lei e que, como de costume, cumprirá qualquer decisão judicial. Segundo o comunicado, essas garantias legais são consideradas salvaguardas essenciais para preservar a independência da política monetária.
“Mandatos prolongados e proteções contra demissões arbitrárias asseguram que as decisões do Fed sejam baseadas em dados, análise econômica e nos interesses de longo prazo do povo americano”, afirmou o Fed.
Na avaliação de Alison Correia, analista de investimentos e co-fundador da Dom Investimentos, Trump está tentando “arrumar formas” de interferir na aceleração de corte de juros por lá.
Ele lembra que, assim como o banco central brasileiro, o Fed é uma instituição independente.
“A princípio o presidente não pode mandar embora, a não ser que seja por justa causa. E a Lisa Cook disse que não vai sair, vai ter uma briga jurídica. E o mercado acabou não gostando, e isso acabou azedando os mercados ontem no decorrer do pregão.”
A medida ocorre em meio a uma sequência de ataques de Trump contra o Fed e seus integrantes. Em outras ocasiões, ele chegou a xingar o presidente da instituição, Jerome Powell, de “burro” e “teimoso”.
Falas de Haddad e Galípolo
Em entrevista ao “Portal UOL” nesta quarta-feira (27), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que há um entendimento entre o governo e lideranças partidárias para que o projeto que isenta o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil seja aprovado com a compensação proposta pelo governo.
A proposta a que se refere o ministro cria uma taxação mínima para pessoas de alta renda. “Não há hipótese de abrirmos mão da compensação”, disse.
Haddad ainda afirmou que o governo segue disposto a negociar tarifas com os Estados Unidos e atua de forma reativa aos anúncios do presidente Donald Trump, destacando ser impossível prever se os norte-americanos ampliarão sanções ao Brasil caso o ex-presidente Jair Bolsonaro seja condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em julgamento em setembro.
Já o presidente do BC, Gabriel Galípolo, que falou durante evento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a inflação brasileira já começa a convergir para a meta de 3% da instituição, ainda que de maneira lenta.
Segundo o banqueiro central, esse cenário ainda tem demandado que o BC atue com uma política monetária mais restritiva. A expectativa é que a taxa básica de juros (Selic) permaneça no atual patamar de 15% ao ano por um período prolongado.
Agentes de mercado financeiro têm melhorado gradualmente as expectativas para a inflação, mas ainda esperam que o índice de preços fique acima da meta neste e nos próximos anos, de acordo com as estimativas mais recentes do Boletim Focus.
Bolsas globais
Os principais índices acionários de Wall Street fecharam em alta, com o S&P 500 atingindo um novo recorde nesta quarta-feira (27). O índice teve um ganho de 0,24% na sessão, aos 6.481,40 pontos.
Já o Nasdaq avançou 0,21%, para 21.590,14 pontos, enquanto investidores aguardam a divulgação dos resultados trimestrais da fabricante de chips Nvidia. O Dow Jones, por fim, subiu 0,32%, aos 45.565,23 pontos.
Os mercados europeus, por sua vez, fecharam sem direção definida. Além do balanço da Nvidia, a instabilidade política na França também pesa sobre o sentimento do mercado
No fechamento, o índice STOXX 600 registrou leve alta de 0,1%. Em Londres, o FTSE 100 recuou 0,11%. Em Paris, o CAC 40 subiu 0,44%, após queda de 1,6% no pregão anterior. Em Frankfurt, o DAX recuou 0,44%. Já em Milão, o FTSE MIB apresentou queda de 0,72%.
Na Ásia, os mercados fecharam majoritariamente em baixa, com destaque para as bolsas chinesas, que devolveram os ganhos da manhã. A cautela dos investidores aumentou após a valorização de ações ligadas à inteligência artificial.
No entanto, preocupações com a demanda e a deflação se intensificaram após a divulgação de uma nova queda nos lucros industriais da China pelo terceiro mês consecutivo.
Em Xangai, o índice SSEC caiu 1,76%, a 3.800 pontos. O CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 1,49%, a 4.386 pontos. Em Hong Kong, o HANG SENG perdeu 1,27%, fechando em 25.201 pontos. Em Tóquio, o NIKKEI avançou 0,30%, a 42.520 pontos. Em Seul, o KOSPI subiu 0,25%, a 3.187 pontos. Em Taiwan, o TAIEX teve alta de 0,88%, a 24.519 pontos.
Dólar
Reuters/Lee Jae-Won/Foto de arquivo
*Com informações da agência de notícias Reuters

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