O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que, após telefonema nesta semana entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, Donald Trump, a embaixada norte-americana já pediu mais informações sobre as operações de combate ao crime organizado desenvolvidas nos últimos meses.
Na semana passada, Haddad afirmou que o crime organizado está remetendo recursos a empresas abertas nos Estados Unidos com o objetivo de lavagem de dinheiro, e que está havendo contrabando de armas ao Brasil. Ele pediu que o assunto fosse discutido com o governo norte-americano.
“A embaixada [dos EUA] quer acesso aos documentos para que essa ação [colaborativa] seja efetivada. O crime não deixa de utilizar nenhuma brecha, como ‘fintechs’, e ‘bets’ [empresas de apostas online] que servem de veículo para lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio’, disse o ministro Haddad.
Na última semana, o ministro afirmou que está havendo um tipo de operação como uma “triangulação internacional gravíssima”. “A última operação foi de R$ 1,2 bilhão. Feito simulando um investimento estrangeiro, dinheiro saiu daqui e está voltando para esses fundos”, afirmou o ministro, na ocasião.
Mais cedo nesta quarta-feira (3), Lula afirmou que conversou com Trump sobre o combate ao crime organizado.
Ele fez um alerta sobre a entrada do crime organizado em instituições democráticas, e afirmou que sugeriu ao líder norte-americano para começar a prender brasileiros, chefes de facção, que estão em território norte-americano.
“Eu disse ao Trump, a gente não precisa usar armas, a gente tem que usar a inteligência”, afirmou. “Vamos prender os brasileiros que estão aí”, afirmou Lula.
Após conversa entre Lula e Trump, embaixada dos EUA pede informações sobre combate ao crime organizado, diz Haddad
