Reag Capital deixa de ser companhia aberta e sai da bolsa após megaoperação contra o PCC


Operação mira esquema do PCC no setor de combustíveis em SP
A Reag Capital Holding anunciou na noite desta terça-feira (7) o cancelamento de seu registro como companhia aberta. A empresa, controladora da Reag Investimentos — alvo de uma megaoperação contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) — teve o pedido aceito pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Com a decisão, a holding deixa de integrar a categoria B, destinada a companhias que emitem valores mobiliários, exceto ações.
🔎 Na prática, isso significa que a Reag Capital Holding vai deixar de ter suas informações e títulos disponíveis na bolsa de valores, já que não fará mais parte da categoria B da CVM — voltada a companhias que emitem valores mobiliários, exceto ações.
“Com o cancelamento de registro, a companhia passa a ser uma empresa de capital fechado, sem alterações em sua composição acionária”, informou a Reag em comunicado.
Reag foi investigada em operação contra o PCC
A Reag Investimentos estava entre as empresas investigadas pela megaoperação que ocorreu no mês de agosto contra o Primeiro Comando da Capital (PCC).
A megaoperação teve como objetivo de desarticular um esquema criminoso bilionário no setor de combustíveis e foi considerada a maior da história do Brasil contra o crime organizado.
A própria sede da Reag, na Faria Lima, em São Paulo, foi objeto de mandados de busca e apreensão.
Na ocasião, a Reag Capital Holding, controladora da companhia, afirmou que as conversas sobre o negócio envolviam potenciais interessados independentes.
As investigações na megaoperação apontaram irregularidades em várias etapas da produção e distribuição de combustíveis no país, além de um esquema bilionário de fraudes e lavagem, que teria envolvido fintechs, fundos de investimento e outras empresas do setor financeiro.
Segundo os investigadores, a Reag teria sido usada para a criação de fundos de investimento destinados à compra de empresas e à blindagem do patrimônio dos criminosos.
Em nota, a Reag afirmou que “nunca manteve, mantém ou manterá qualquer relação com grupos criminosos, incluindo o PCC, nem com quaisquer atividades ilícitas”.
“A companhia atua de forma estritamente regular, sempre em conformidade com a legislação vigente e sob rígidos padrões de governança, compliance e auditoria.”
Executivos assumem empresa por R$ 100 milhões
No início do mês passado, a Reag informou que suas acionistas controladoras, Reag Asset Management (gestão de ativos) e Reag Alpha Fundo de Investimento Financeiro em Ações, fecharam acordo para vender sua participação de 87,38% na companhia à Arandu Partners Holding, formada pelos principais executivos da própria Reag.
O valor estimado da transação é de R$ 100 milhões, com possibilidade de pagamento adicional variável atrelado ao desempenho operacional da empresa nos próximos cinco anos.
Também no mês passado, o fundador e presidente do conselho de administração, João Carlos Falbo Mansur, formalizou sua renúncia ao cargo na companhia de investimentos.
A companhia também fechou um acordo de exclusividade com a B100, holding controladora da Planner Corretora, para vender a Ciabrasf, empresa de administração de fundos e custódia que administra cerca de R$ 340 bilhões.
Reag Investimentos
Divulgação

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