Imprensa internacional repercute retirada de tarifa dos EUA a produtos brasileiros

EUA retiram tarifas de 40% de alguns produtos brasileiros
A decisão dos Estados Unidos de retirar a tarifa de 40% de alguns produtos brasileiros, publicada pela Casa Branca, repercutiu na imprensa mundial.
A seleção inclui carne bovina, café, açaí, cacau e diversos outros produtos. São mais de 200 itens que foram acrescentados à lista de exceções do tarifaço aplicado ao Brasil.
A agência Reuters destacou que o Brasil é responsável por fornecer cerca de um terço do café consumido nos EUA e que o país recentemente se tornou o maior parceiro para o envio de carnes, como as usadas na fabricação de hamburgueres.
“Os preços do café no varejo dos EUA subiram até 40% este ano devido às tarifas e a outros fatores de mercado, como a queda na produção causada por condições climáticas adversas”, aponta a agência.
A Investing.com afirmou que as tarifas impostas ao Brasil eram as mais altas entre os países visados pela agenda comercial de Trump e que o americano destacou as negociações com o Brasil.
“Na ordem executiva, Trump afirmou que as negociações comerciais com o Brasil estavam em andamento, após ter conversado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início de outubro”, destacou.
O site americano que trata de internacional relembrou que as taxas mundiais foram abaixadas em 10%, mas que, agora, o Brasil tem o alívio dos outros 40% adicionais que ainda vigoravam.
“Os Estados Unidos importaram US$ 42,3 bilhões em mercadorias do Brasil em 2024, incluindo cerca de US$ 8 bilhões em produtos alimentícios da potência agrícola”, citou.
Veja alguns dos produtos que tiveram a tarifa de 40% retirada:
café;
carne bovina;
açaí;
cacau;
banana;
tomate;
coco;
castanha de caju;
mate;
especiarias, como pimenta, canela, baunilha, cravo e noz-moscada.
Na semana passada, os EUA já haviam reduzido as tarifas de importação de cerca de 200 produtos alimentícios, incluindo café, carne, açaí e manga. Para o Brasil, as taxas haviam caído de 50% para 40%.
Agora, a tarifa para os produtos brasileiros como o café e a carne, que aparecem nas duas decisões da Casa Branca, retorna para os patamares anteriores ao tarifaço de Trump.
Negociações entre Lula e Trump
Diferentemente da ordem executiva da semana passada, que era global, a decisão de hoje se aplica somente ao Brasil.
Na ordem desta quinta, Trump cita a conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no início de outubro, e afirma que a retirada das tarifas é resultado das negociações entre os dois governos.
“Em 6 de outubro de 2025, participei de uma conversa telefônica com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, durante a qual concordamos em iniciar negociações para abordar as preocupações identificadas no Decreto Executivo 14323. Essas negociações estão em andamento”, diz Trump no documento.
“Também recebi informações e recomendações adicionais de diversos funcionários […] em sua opinião, certas importações agrícolas do Brasil não deveriam mais estar sujeitas à alíquota adicional […] porque, entre outras considerações relevantes, houve progresso inicial nas negociações com o Governo do Brasil”, acrescenta o presidente.

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