
A expectativa de vida do brasileiro subiu para 76,6 anos em 2024, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (28). O número representa um aumento de 2,5 meses em relação a 2023.
Para a população masculina, o aumento foi de 2,5 meses, de 73,1 para 73,3 anos. Já para mulheres, a alta foi de 2 meses: de 79,7 para 79,9 anos.
Segundo o IBGE, a longevidade da população brasileira aumentou 31,1 anos nas últimas nove décadas, de 45,5 anos em 1940 para 76,6 anos em 2024.
➡️ No mundo, a maior expectativa de vida ao nascer para ambos os sexos pertence a Mônaco (86,5 anos), seguido por San Marino (85,8 anos), Hong Kong (85,6 anos), Japão (84,9 anos) e Coreia do Sul (84,4 anos).
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Veja a evolução da expectativa de vida:
Homens de 20 a 24 anos morrem mais do que mulheres da mesma idade
Ainda de acordo com o IBGE, a sobremortalidade masculina se concentrou, em 2024, nos grupos de idade:
de 15 a 19 anos, com um valor de 3,4;
20 a 24 anos, com um valor de 4,1; e
de 25 a 29 anos, com um valor de 3,5.
Isso significa que um homem de 19 anos, por exemplo, teria 3,4 vezes menos chance de completar 20 anos do que uma mulher do mesmo grupo etário, e assim sucessivamente.
“Isso se deve à maior incidência dos óbitos por causas externas ou não naturais da população masculina”, explica o IBGE em comunicado, reiterando que esses níveis são os mais elevados da série histórica e estão associados ao rápido processo de urbanização e metropolização do Brasil.
“A partir dos anos 1980, as mortes associadas às causas externas ou não naturais (homicídios, suicídios, acidentes de trânsito etc.) passaram a elevar as taxas de mortalidade da população, particularmente dos adultos jovens do sexo masculino”, diz o instituto.
“A expectativa de vida masculina no Brasil continuou crescendo, mas poderia ser superior à estimada atualmente, não fosse o efeito das mortes violentas dos jovens sobre a estrutura demográfica do país”, completa o IBGE.
Mortalidade infantil recua
A taxa de mortalidade infantil — que considera crianças com menos de um ano de idade — ficou em 12,3 para cada mil crianças nascidas vidas. O número considera ambos os sexos e representa uma queda em comparação a 2023, quando a taxa era de 12,5 para cada mil.
Segundo o IBGE, o número também reduziu bastante quando comparado a 1940, quando a taxa era de 146,6 mil mortes para cada mil crianças nascidas. Essa melhora do indicador está associada:
às campanhas de vacinação em massa;
à atenção ao pré-natal;
ao aleitamento materno;
à ação dos agentes comunitários de saúde;
aos programas de nutrição infantil, entre outros.
O instituto ainda indica que fatores como aumentos de renda, da escolaridade e do número de domicílios com acesso a serviços adequados de saneamento no país também contribuíram para a diminuição do indicador.
“A diminuição dos níveis de mortalidade, por sua vez, vem contribuindo para elevar a expectativa de vida dos brasileiros ao longo dos anos”, afirmou o IBGE em comunicado.
Expectativa de vida dos idosos cresce
Os brasileiros que chegam aos 60 anos vivem, em média, mais 22,6 anos. Esse número representa um crescimento em relação a 2023, quando essa população vivia 22,5 anos a mais e é o maior em nove décadas — em 1940, as pessoas que chegavam a essa idade viviam apenas mais 13,2 anos.
Na separação por sexos, homens que chegam a essa idade vivem mais 20,8 anos, enquanto mulheres vivem mais 24,2 anos.
Os dados do IBGE também indicam que a expectativa de vida para quem chega aos 80 anos foram de mais 9,5 anos para mulheres e mais 8,3 anos para homens em 2024.
Expectativa de vida dos alagoanos é de 72 anos e sete meses em 2019.
Arcevo/IBGE

