IBGE: Carro é o principal meio de transporte até o trabalho; 21% vão de ônibus, 18%, a pé e 16%, de moto


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O carro é o principal meio de transporte dos brasileiros para ir ao trabalho, segundo dados do Censo Demográfico 2022 divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
32% dos entrevistados (21,4 milhões de pessoas) se deslocam de automóvel, enquanto 21% (14 milhões) vão de ônibus. Na sequência, o deslocamento a pé atinge 18% (11,9 milhões), que fazem o trajeto caminhando até 30 minutos. Em seguida, aparecem as motocicletas, utilizadas por 16% dos trabalhadores entrevistados (10,8 milhões de trabalhadores).
🔎 Pela primeira vez, o Censo investigou qual o principal meio de transporte usado pelos trabalhadores no trajeto até o emprego. A inovação foi pedir que fosse indicado “o meio de transporte em que a pessoa passa a maioria do seu tempo no deslocamento para trabalho, ainda que utilize mais de um meio de transporte”, segundo o IBGE.
“A prevalência do automóvel em relação aos outros meios de transporte é reflexo de uma opção histórica pelo carro e pelas rodovias como meio de integração das cidades brasileiras. Nós optamos, historicamente, por esse meio de transporte. Mas há também um descompasso entre a oferta de transporte público e o crescimento urbano — as cidades crescem mais rápido do que o poder público consegue oferecer infraestrutura”, afirma Mauro Sérgio Pinheiro dos Santos de Souza, analista do Censo 2022 – Deslocamento para Estudo e Trabalho (IBGE).
Por raça
Entre as pessoas brancas, o principal meio de transporte é o carro, 12,7 milhões usavam automóvel como principal meio de transporte (18,9%). Entre as pardas, 6,8 milhões de pessoas (10,2%) se deslocavam de carro. Entre as pretas, 2,2 milhões tinham o ônibus como principal meio (3,3%). Entre as amarelas, 160 mil utilizavam carro (0,2%). E entre as indígenas, 74 mil faziam o trajeto a pé (0,11%).
Brancos
Automóvel: 12,7 milhões de pessoas (18,9%);
Ônibus: 5,1 milhões (7,7%);
A pé: 4,7 milhões (7%);
Motocicleta: 4 milhões (6%).
Pardos
Automóvel: 6,8 milhões de pessoas (10,2%);
Ônibus: 6,5 milhões (9,6%);
A pé: 5,5 milhões (8,2%);
Motocicleta: 5,5 milhões (8,2%).
Pretos
Ônibus: 2,2 milhões de pessoas (3,3%);
Automóvel: 1,6 milhão (2,3%);
A pé: 1,5 milhão (2,3%);
Motocicleta: 1,1 milhão (1,7%).
Amarelos
Automóvel: 160 mil pessoas (0,24%);
A pé: 40 mil (0,06%);
Ônibus: 34 mil (0,05%);
Motocicleta: 19 mil (0,03%).
Indígenas
A pé: 74 mil (0,11%);
Motocicleta: 41 mil (0,06%);
Ônibus: 35 mil (0,05%);
Automóvel: 32 mil (0,05%).
Por região
No Norte predomina a motocicleta, usada por 1,2 milhão de pessoas (28%); no Nordeste, por 3,8 milhões (26%). No Sudeste, o carro é o meio de transporte dominante, utilizado por 9,9 milhões de trabalhadores (32%). No Sul, são 5,2 milhões (45%) e, no Centro-Oeste, 2,3 milhões (43%).
Norte
Motocicleta: 1,2 milhão de pessoas (28%);
Automóvel: 969 mil (21%);
A pé: 734 mil (16%);
Ônibus: 697 mil (15%).
Nordeste
Motocicleta: 3,8 milhões de pessoas (26%);
Ônibus: 2,4 milhões (16%);
A pé: 3,5 milhões (23%);
Automóvel: 3 milhões (21%).
Sudeste
Automóvel: 9,9 milhões de pessoas (32%);
Ônibus: 7,9 milhões (26%);
A pé: 5 milhões (16%);
Motocicleta: 3,2 milhões (10%).
Sul
Automóvel: 5,2 milhões de pessoas (45%);
A pé: 1,9 milhões (17%);
Ônibus: 1,8 milhões (16%);
Motocicleta: 1,2 milhão (11%).
Centro-Oeste
Automóvel: 2,2 milhões de pessoas (38%);
Motocicleta: 1,1 milhão (19%);
Ônibus: 1 milhão (18%);
A pé: 674 mil (11%).
Tempo de deslocamento
Mais da metade dos trabalhadores brasileiros leva até meia hora para chegar ao trabalho, segundo o Censo 2022. Outros 22% gastam entre 31 minutos e duas horas no trajeto, e uma parcela menor enfrenta deslocamentos ainda mais longos.
Até cinco minutos: 7 milhões (10%);
De seis a quinze minutos: 17 milhões (26%);
De quinze a trinta minutos: 21 milhões (31%);
De 30 minutos a 1 hora: 13 milhões (20%);
De 1 a 2 horas: 6 milhões (9%);
De 2 a 4 horas: 642 mil (0,95%);
Mais de 4 horas: 19 mil (0,3%).
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Reprodução/TV Globo

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