Cenário é positivo para o setor de vendas de roupas em Presidente Prudente (SP)
TV Fronteira/Reprodução
Também conhecida como “a capital do Oeste Paulista”, Presidente Prudente (SP) é vista com bons olhos por empreendedores que desejam investir no setor de roupas e por moradores da região que não abrem mão de, por exemplo, garantir aquela “blusinha” para aproveitar o fim de semana com um look novo.
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Para os comerciantes, a perspectiva de crescimento do setor é boa, visto que, somente no primeiro semestre de 2025, a cidade registrou a abertura de 25 novas empresas voltadas ao comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, segundo dados da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp).
Atualmente, conforme a pesquisa, Presidente Prudente conta com 855 empresas ativas nesse ramo econômico, o que reforça a relevância do setor para a movimentação do comércio e geração de empregos no município.
Apesar dos números crescentes, no mesmo período de seis meses de 2025, os dados também mostraram que 19 locais encerraram as suas atividades, ou seja, foi um ganho de seis lojas para o setor na cidade comparado ao número de aberturas.
Em Presidente Prudente, o setor de vestuário é considerado estratégico para a economia local, mesmo que ainda tenha marcado oscilações nas quantidades de empresas abertas.
Nos últimos anos, os números mostram diferenças no desempenho da atividade.
Dados apontam cenário positivo para o setor de vendas de roupas, em Presidente Prudente (SP)
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Em 2024, foram abertas 24 empresas e encerradas 23, com saldo de apenas uma nova empresa. Já em 2023, o cenário foi negativo, com 17 constituições contra 19 baixas, resultando em duas empresas a menos no mercado.
O ano de 2022 apresentou um dos melhores resultados da série recente: 22 aberturas e 15 encerramentos, com saldo positivo de sete empresas.
Já em 2021, conforme a Jucesp, o crescimento foi ainda mais expressivo, com 29 novas constituições e apenas 14 fechamentos, somando 15 empresas a mais na cidade.
Em contrapartida, 2020, o ano que iniciou a pandemia da Covid-19 na cidade, os dados registraram queda: 13 aberturas e 18 encerramentos, o que significou cinco empresas a menos.
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Adequações necessárias 😷
De acordo com a gerente de uma loja dedicada aos tamanhos plus size, Jeniffer Sabrina, de 27 anos, uma das maiores dificuldades no período da Covid-19 foi de não poder receber os clientes na loja física, localizada no Centro do município, e cumprir com os custos da empresa.
“Tivemos uma queda brusca no faturamento, já que tivemos que estar com a loja fechada. Foi um momento que nos pegou de surpresa, um dia antes, rotina normal, e no outro, tudo fechado e todos em casa”, comentou Jeniffer.
“Antes mesmo da pandemia já estávamos atendendo no on-line, porém nesse período em que não poderíamos atender em loja física, a força no virtual aumentou. Começamos a captar contato de clientes para enviar os produtos, por exemplo”, explicou a gerente.
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Conforme o presidente da Associação Comercial e de Inteligência de Presidente Prudente (Acipp), Raul Audi Junior, depois de um crescimento pós-pandemia, houve uma estabilidade no segmento do vestuário nos dois últimos anos na cidade.
“Neste ano, o desempenho do primeiro semestre aponta para uma retomada do crescimento em Presidente Prudente. Dentre os fatores para isso, está o bom aumento das vendas do varejo, em 2025, no Estado de São Paulo, e o segmento do vestuário com um desempenho acima da média paulista, puxando esse resultado positivo”, disse Audi ao g1.
Dados apontam cenário positivo para o setor de vendas de roupas, em Presidente Prudente (SP)
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“Isso anima o empreendedor e reforça as nossas boas expectativas para o segmento no município. Considerando, ainda, que há um forte trabalho local em favor do empreendedorismo, para que tenhamos um ambiente de negócios cada vez mais promissor no município, e nisso, a Acipp tem se empenhado continuamente”, explicou.
Segundo Jeniffer, neste ano de 2025, as vendas estão indo bem apesar da competividade e, para ela, a maior recompensa é “ver o nosso trabalho duro e constante ser transformado em reconhecimento de marca na cidade e região”.
“É um setor disputado, já que hoje competimos também com marketplaces, mas acredito que, como em qualquer outro ramo, precisamos estar preparados com o estudo em gestão para conseguir estar atento às mudanças no comportamento do cliente”, salientou.
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Moda, variedade e preço 💲
Apesar dos desafios e contratempos enfrentados nos últimos anos, os lojistas afirmam que Presidente Prudente é uma cidade que está em processo de expansão quando se trata do setor de vestuário e que atrai muitos consumidores.
Para a comerciante que trabalha há sete anos com moda evangélica modesta, Renata Lomas, de 46 anos, as vendas são crescentes e, para o futuro, pretende investir ainda mais em seu espaço, localizado no Centro do município.
“”Poderiam ter mais opções aqui em Presidente Prudente, mais lojas? Sim. Mas eu enxergo que tem bastante variedade, acho que é uma cidade boa e poderia crescer muito mais. A parte do setor de roupas é amplo, ele vende bem, né? Vamos dizer, qual mulher que fica sem comprar uma peça de roupa no mês? Aparece aí um casamento, uma festa, um jantar, pode ser uma blusinha, ela vai querer comprar porque quer ir de roupa nova naquele lugar”, destacou Renata.
Dados apontam cenário positivo para o setor de vendas de roupas, em Presidente Prudente (SP)
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“Nunca pensei em desistir [do negócio]. Eu acho que eu desistiria o dia em que eu não tivesse mais dinheiro para investir na loja. É um ramo que eu gosto, é muito amplo, a moda é para todos os tipos de pessoas, temos desde modinha, moda evangélica, mais senhora, casual, despojado… Hoje tem gosto para tudo”, afirmou a vendedora.
Já para os consumidores, a cidade é vista como um local em que oferece moda, variedade e preço bom. O g1 conversou com três moradores do Oeste Paulista que compartilharam as qualidades da cidade quando o assunto é compra e venda de roupas.
Segundo a moradora do distrito de Floresta do Sul, Rayane Lemos Pedroso, a rotina dela é marcada pela busca por roupas que unam estilo, conforto e caimento adequado. Como veste o tamanho mid-size, ela relatou que nem sempre é fácil encontrar as peças, mas, na sua visão, as lojas de Presidente Prudente tem dado mais atenção a esse público.
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“Já começam a surgir lojas e marcas que atendem esse público, vejo como um setor em crescimento. Como moro em um distrito pequeno, aqui não tem centro ou grandes lojas, então, sempre que preciso, vou até a cidade — não só para roupas, mas também para outros recursos que só encontramos lá.”, avaliou Rayane.
“A variedade [do comércio de Presidente Prudente] é um dos principais pontos positivos. Não digo que seja enorme em todos os estilos, mas há boas opções e faixas de preço diferentes, o que ajuda a atender cada necessidade. Além disso, muitas lojas já estão no mercado há bastante tempo, o que gera uma certa confiança e até fidelidade, porque acabam virando nossas primeiras escolhas”, complementou.
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Ao g1, o morador de Teodoro Sampaio (SP), Vinícius Antunes Gomes, disse nunca teve dificuldade para encontrar as roupas desejadas em Presidente Prudente e que sai da sua cidade por conta da variedade que o comércio prudentino possui.
“Normalmente quando compro aqui em Teodoro Sampaio são roupas mais básicas, nada de muito específico. Aqui tem bastante lojas de roupas, concentradas principalmente na avenida principal, mas não tem shopping”, explicou sobre o setor de vestuário na sua cidade.
“Ainda que precise procurar bastante dependendo do que quer, é muito mais fácil encontrar o que procura em Presidente Prudente. Minha mãe, principalmente, gosta muito de ir para lá para encontrar o estilo de roupa que ela gosta, que não acha aqui”, compartilhou o morador ao g1.
Dados apontam cenário positivo para o setor de vendas de roupas, em Presidente Prudente (SP)
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Já para Nathalia dos Santos Prado, de Rancharia (SP), as principais dificuldades que ela encontra nos comércios da cidade em que ela mora é encontrar peças do estilo que ela gosta, o tamanho que ela veste e preços acessíveis.
“O comércio de roupas em Rancharia é até que vem variado, porém, se você veste acima de 42, precisa dar uma boa procurada. Geralmente eu compre de vendedoras autônomas da minha cidade, que trazem por encomenda, principalmente calças jeans, na internet, e nas lojas de departamento dos shoppings de Presidente Prudente”, finalizou Nathalia ao g1.
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